DEUS, FAMÍLIA E DESERTO


Deus, Família e Deserto
Ex 3.1-10
Pergunta o filho camelo:
- Pai, porque é que temos duas bossas?
Responde o pai:
- São reservas de água para longas travessias do deserto.
Pergunta o filho camelo:
- Pai, porque é que temos umas pestanas tão grandes?
Responde o pai camelo:
- São uma proteção para as areias do deserto não nos entrarem nos olhos.
Pergunta o filho camelo:
- Pai, porque é que temos umas patas tão grandes?
Responde o pai camelo:
- Para não nos enterrarmos na areia quando travessamos o deserto.
E diz o filho camelo:
- Pai, porque é que temos isso tudo… se estamos no jardim zoológico?

Você já sentiu como se estivesse vivendo em um lugar com experiências que não faziam muito sentido? Ou que você tinha habilidades, mas que estava em um lugar que não lhe era permitido desenvolvê-las?
No texto em que lemos Moisés estava apascentando ovelhas. Ele tinha fugido do Egito após assassinar um egípcio e estar sendo perseguido pelo próprio Faraó. Ele foge e se torna um refugiado na terra de Midiã, onde, em um poço, defende as filhas de um homem chamado Jetro que acaba lhe dando a mão de uma de suas filhas, Zípora, em casamento, logo lhe nasce o bebê que deu o nome de Gérson, porque era peregrino em terra estranha.
Então, Deus me chamou a atenção para o fato do quanto a vida familiar de Moisés foi conturbada. Nasceu debaixo de uma lei de morte, precisa ser escondido por sua mãe e as parteiras que lhe colocam no rio Nilo e é achado pela filha de Faraó que começa a cria-lo como seu filho, mas, como não podia amamentá-lo, acaba devolvendo à sua mãe biológica (sem saber que era ela). Depois de crescido precisa se despedir de sua mãe e ir ser criado pela filha de Faraó como príncipe no Egito. E então acontece o que narrei no parágrafo acima.
Então o v.1 que lemos vem representando a condição de Moisés. Perceba que, se não conhecêssemos nada de Moisés, por este verso poderíamos aprender que ele tinha uma família: era casado, trabalhava para o sogro e estava em um deserto, seu trabalho era no deserto.
Muitos hoje estão como Moisés, se sentem refugiados da vida, vivendo em um deserto com suas famílias. Muitas famílias estão em um deserto.
Mas a promessa de Deus desde Abraão em Gn 12.3b era: “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Por isso ainda fala sobre Jesus em Jo 1.12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”. E diz também: Ef 2.18-19 “porque, por Cristo Jesus, temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus”.
Por isso a igreja não é um lugar para se estar, mas uma família para se pertencer. 
Deus está construindo uma família que deseja impactar a nossa família.  
Assim como Moisés estava com sua família em um deserto, se tua família também vive o deserto em alguma dimensão, aprenda que:
1.  Deserto é lugar onde abandonamos velhas bagagens.
Sempre que vamos fazer uma viajem selecionamos com muito critério o que vamos levar na mala – tudo bem que algumas pessoas parecem que tentam levar o guarda-roupa inteiro para um fim de semana na praia. Mas quando vamos para o deserto, normalmente não é planejado, como Moisés saímos fugindo de algo e nos vemos naquela situação sem muitos recursos. Pode ser exatamente o que Deus está querendo de você. É preciso abandonar bagagens de nossa velha vida e aprender a confiar em Deus.
Hb12.1 Vamos nos desembaraçar de todo peso e do pecado que nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta.
2.  Deserto é lugar temporário.
O deserto na Bíblia sempre é um lugar de transição. O Sl 30.5 dizAo anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”. Deserto é lugar de passagem. Tua angústia está com os dias contados, a salvação brota como uma semente sob a terra, os olhos podem não ver, mas Deus está agindo.
Mas dura até que aprendamos o que Deus deseja nos ensinar. Esta semana li a seguinte frase do pr Bill Johnson: “Deus não está preocupado com teu conforto, ele está preocupado com teu crescimento”. O tempo do deserto não é o cronos, mas kairós. Ou seja não é medido pelo relógio, dias ou anos, mas a duração do teu deserto depende do quanto você está crescendo e aprendendo o que Deus está querendo te ensinar.
O povo de Israel, com o próprio Moisés, ficou 40 anos no deserto em um caminho de aprox. 425 Km que duraria algumas semanas. E algumas pessoas nunca saíram do deserto e morreram lá por causa do tanto que murmuravam contra Deus. Ou seja, o teu deserto é para ser temporário, mas depende de você se achegar a Deus e buscar dele o teu crescimento para experimentar novos tempos.
3.  No deserto, Deus vem ao nosso encontro.
Chega um momento em que Deus invade nosso deserto e se manifesta a nós e nos dá a clareza da possibilidade de renovar nossa vida e nossa família. Deus foi a Moisés fazendo uma vegetação queimar sem se consumir. Depois de 40 dias de jejum no deserto os anjos vêm a ele e o servem. Enquanto o povo andava pelo deserto, Deus sempre vinha ao seu encontro. Hoje pode ser o momento em que Deus está vindo ao teu encontro por meio desta Palavra.
4.  No deserto somos capacitados para abençoar outros.
Os vv.24-25 do capítulo 2 dizem que Deus vem a Moisés porque ouviu o gemido do seu povo, lembrou-se da sua aliança, viu seus filhos e se atentou para a sua condição. Então Deus vai a Moisés e o chama para sair do deserto onde estava para guiar muitas outras famílias para fora da escravidão do Egito passando por um deserto. Moisés já estava expert em deserto e por isso poderia abençoar agora outros a passarem por seus desertos rumo ao futuro que Deus tinha preparado para eles.
Quando Deus te tirar do teu deserto é para você pegar as tuas experiências, boas e ruins e coloca-las sob a luz da Palavra de Deus para abençoar outras pessoas. As tuas experiências de vida são perfeitas para alcançar outras pessoas que estão passando pela escravidão por onde você já passou.
Que Deus nos abençoe e nos capacite!
Seu amigo e pastor,
Hugo G. Freitas

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