Lição 02 - LIBERDADE FINANCEIRA

O CRISTÃO E O DINHEIRO
Orientações à luz da palavra de Deus

Lição No. 02
LIBERDADE FINANCEIRA

Qual a diferença entre liberdade financeira e autonomia financeira?

Conceito de liberdade financeira
No raciocínio a seguir não podemos confundir liberdade financeira com o conceito comum, mundano, de autonomia financeira (que é ter dinheiro suficiente para não precisar mais trabalhar).



A liberdade financeira será mais bem compreendida quando em contraposição com o entendimento de escravidão financeira.

O que é escravidão financeira?

Escravidão financeira é a subjugação do homem ou da mulher ao dinheiro, no sentido de que todas as preocupações do seu viver estão por ele comandados.

O que dá origem à escravidão financeira? 
Há uma tendência materialista na pessoa que está longe de Deus, voltada apenas para si mesma. Sua concentração está sempre voltada para as coisas que atendam de imediato, ou exclusivamente, aos seus interesses pessoais. Por isso sua incapacidade de prestar atenção às coisas atemporais e eternas.
Se o seu objetivo principal é ganhar dinheiro ou adquirir coisas com esse dinheiro, então seu sistema de valores está errado.
Muitos chegam a sacrificar coisas importantes por causa do dinheiro, tais como um bom nome (além de filho de Deus), caráter, honestidade, etc. E há também, os que se esquecem de Deus e negligenciam a responsabilidade para com Ele.
Estes comportamentos são obstáculos para os alvos de Deus para cada um de nós.
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6:33).
Veja esses outros obstáculos que levam à escravidão financeira:
ü  Amor ao dinheiro e aos bens acumulados (Lc. 18:18-30).
ü  Dívidas – O que toma emprestado é servo do que empresta (Pv. 22:7);
ü  Pressão de contas a pagar – ansiedade pelo amanhã (Mt 6:24-30);
ü  Ambição de ficar rico, obsessão por dinheiro, lucro, ganhos, etc;

“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.” – “...sufocam a Palavra, que fica infrutífera.” (1Tm 6:9; Mt 13:22)

O que se apressa a enriquecer não passará sem castigo; ...é homem de olho maligno, porém não sabe que a pobreza há de vir sobre ele”. (Pv. 28:20-22); 

ü  Culpa por ter sido injusto, fraudando pessoas ou empregados no passado (Tg 5:1-5).

A Bíblia mantém princípios bem definidos, acerca das finanças. Se forem observados, o sucesso será certo (ser bem-sucedido do ponto de vista de Deus); se não forem, as dificuldades certamente virão.

Então, o que é liberdade financeira?
Aqui falamos de um conceito para o discípulo, o cristão que está sob o comando do Senhor.

A liberdade financeira é a expressão da maturidade espiritual de uma pessoa que,  orientada pela vontade Deus para a sua vida, tem discernimento para lidar com o dinheiro, com os princípios e valores decorrentes de sua fé.

A liberdade financeira, de uma pessoa ou casal, passa por métodos calcados nos valores cristãos que, indubitavelmente, mudarão muitas de suas ações e atitudes sobre o dinheiro e sua vida. 

Por isso, nesse assunto, a última palavra é sempre de Deus, que orienta. Isto faz com que o próprio Deus se responsabilize por “sua propriedade”, que somos nós. Temos o dever de ser um bom mordomo, bom gestor, pois Deus é o dono de tudo, e Ele nos confiou muitas coisas, no que devemos ser fiéis (1Co 4:2). Mas, no que passar disso você e eu somos livres. Por isso, Deus é quem é o “Seguro” da sua casa, do seu carro, do seu futuro, etc.... (Sl 24:1; 50:10-11; Ag 2:8).



Pelo fato de pertencermos a Deus, deve haver uma confiança real que Ele suprirá toda e qualquer necessidade.

Que valores norteiam a vida de um discípulo?
A liberdade financeira nada tem a ver com muito ou pouco dinheiro. Começa pelo que ganhamos com o suor do nosso rosto, com nossa criatividade, denodo e zelo.



“O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece; o que ajunta no verão é filho ajuizado, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.” (Pv 10:4-5; cf. também: Gn. 2:15; 3:17-19; Pv 31:13,24; Ef 4:28;1Ts 4:11-12; Rm 12:11; 2 Co. 8:22-24).

Na medida em que Ele reduza ou aumente minha renda e bens materiais posso Lhe ser grato e ser ainda mais utilizado por Ele. Foi esta a reação de Jó, quando Deus tomou-lhe os bens (Jó 1:21).

Em síntese, quando escapamos dos valores errados que nos levam a uma escravidão financeira, e buscamos um sistema de valores fundados na sincronia com a vontade de Deus, nossos objetivos de vida passam a ser corretos, pois que são dirigidos por Ele. Daí usufruiremos de liberdade financeira, que nada tem a ver com muito ou pouco dinheiro.

Alguns aspectos importantes sobre liberdade financeira
A maturidade espiritual do discípulo de Cristo enaltece valores que o orientam, a saber:
·         Buscar primeiro o Reino de Deus. (Mt 6:33)
·         Ter seus negócios na perspectiva certa. (Mt 6:31-32)
·         Evitar ideias de ser rico rapidamente. (1 Tm 6:9)
·         Consciência limpa quanto aos negócios. (At 24:16; Tg. 5:1-5)
·         Relacionar os gastos à obra e reputação de Deus, fazendo tudo para a Sua glória. (1Co 10:31) 
Deus confia a cada um de nós certos recursos e capacidades, e espera que sejamos bons mordomos daquilo que possuímos.
“O que se requer dos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel”. (1Co 4:2)

Porque a pessoa (ou casal) se desorganiza financeiramente?
Tirando as situações de força maior, que surgem e que não podiam ser previstas como um desastre na família, uma enfermidade grave, desemprego, caos econômico no país, etc. muitas pessoas se desorganizam financeiramente e acabam perdendo o controle.

Esta situação a leva a endividar-se, deixando-a aturdida no seu dia a dia, impedindo-a e servir a Deus por viver em aflição diante das contas se amontoando no final do mês sem ter o dinheiro para pagá-las.

Muitos desperdiçam seu dinheiro por falta de critérios no seu manejo. O desleixo no emprego do dinheiro pode ser pela desatenção para com o dinheiro em si ou pela negligência em relação àquilo que possuem.

Muitas pessoas não prestam atenção à maneira como gastam. Sua reclamação típica é a seguinte: “Não sei onde foi parar o meu dinheiro este mês!”. Se você quiser administrar seus bens corretamente, não pode se perguntar aonde foi parar o dinheiro. Você é que tem que dizer para onde o dinheiro deve ir.

Mas, Deus sabia que sofreríamos este tipo de pressão e não queria ver-nos envolvidos nisso. Por isso, Sua Palavra diz: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma” (Rm. 13:8). E fez apenas uma exceção: nossa dívida de amor. Esta é a única dívida que precisamos estar constantemente pagando e nunca terminaremos de pagar.

Se a pessoa ou casal levou alguns anos para bagunçar suas finanças e chegar a um ponto de confusão financeira, tem que esperar e dar a Deus algum tempo para operar em sua vida e livrá-la(os) dessa confusão.



A forma como isso se processa é a seguinte: (1Tm 6:10; Cl 1:24-29).
·         Primeiro é preciso reconhecer os erros cometidos;
·         Depois, modificar as atitudes e ações. 

Aos poucos, Deus irá tirando-o do caos, da confusão, da desorganização em que se acha, na medida em que aplica à sua vida os princípios que aprendeu. Por fim, terá libertação completa e só precisará mantê-la.
Geralmente você tem que aprender tais lições uma a uma, e, em muitos casos, terá que aprendê-las mais de uma vez, até que possa realmente observá-las regularmente.

A Bíblia contém todos os ensinamentos de que precisa, a fim de manejar bem suas finanças. (Gn.41:33-41; Tg.1:5-6; 2 Cr.1:7-13).
Ø  Não havia necessitados. (At 4:32-37)
Ø  Igualdade (na falta ou na abundância). (2Co 8:14-15)
Ø Confirmar, sem qualquer dúvida, a direção de Deus para nós. (Rm 14:23)
Ø  A paz de Cristo deve dirigir as nossas ações. (Cl 3:15)

“Você é que tem de dizer para onde o seu dinheiro deve ir.”

Compartilhando as bênçãos da liberdade financeira

Por que praticar a solidariedade?
A liberdade financeira embora possa não significar dinheiro em quantidade, quando uma pessoa a tem, pode e deve também abençoar outras pessoas. Paulo aconselhou:

“...comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;” (Rm 12:13)
“Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado.” (Sl 82:3)”

“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tg 1:27).

Desenvolver sensibilidade para perceber as necessidades dos outros, sejam elas espirituais, psicológicas ou físicas, e a prontidão para socorrê-las, de acordo com o que Deus lhe revelar para fazer. (1Jo 3:17-18).

Como saber a quem ajudar?
      Pediu dinheiro para visitar a mãe e foi comprar drogas.
      Abriu o portão para dar um copo d´água e foi assaltada.
Em quem acreditar?

“...sede, portanto, prudentes como a serpente...” (Mt 10:16)


Primeiro é preciso orar para que Deus mostre quem deve ajudar (1Ts 3:10) e que isto lhe traga paz no coração. Alguns sinais podem ajudar:

Sinais podem ajudar:
   Quem pede está isento de desperdício, seja pessoa ou organização?
   Quem recebe irá dar bom uso à sua ajuda? (2Tm 2:2)
   A pessoa tem reagido favoravelmente à mensagem de Deus? (1Ts 2:13-14)
   A pessoa vive a pedir dinheiro e está sempre endividada? (1Ts 4:11-13; 2Ts 3:10-12)
   A pessoa que recebe terá comunhão com você? (At 2:44;1Ts 2:10-12)
   Deus quer corrigir erros da pessoa e, por isso, não tem suprido suas necessidades? (1Ts 2:9; 5:22; 2Ts 3:10-12)

Alguns conselhos práticos:
...nem tudo são flores...

      Não dê dinheiro na rua
      Não atraia gente estranha para sua casa
      Não ajude ninguém na porta de sua casa
      Participe de campanhas da sua igreja
      Doe para instituição idônea
      Seja um voluntário

Mas, se o Senhor mandar ajudar alguém, esqueça o risco e faça.


Davi F. Barros

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