SERVIR COM INTEGRIDADE NOS RELACIONAMENTOS
Servir com
Integridade nos Relacionamentos
At 11.19-26
Seguindo
o tema de nossa igreja para este ano: discípulas e discípulos nos caminhos da
missão servem com integridade, já vimos nesta série de mensagens que não somos
servos, mas somos filhos de Deus que servem ao Pai e aos irmãos porque queremos
nos relacionar com o pai e com nossos irmãos. Vimos ainda que integridade está
ligada a ser inteiro, pleno, é o que somos quando ninguém vê. E
percebemos que o diabo usa de algumas estratégias para nos destruir em nossa
integridade: sedução, intimidação e distração. No último encontro vimos que
servir com integridade está ligado a fazer a vontade de Deus que é que façamos
discípulos.
Hoje, dando
continuidade ao princípio de que precisamos ser como Jesus, é essencial
destacar que precisamos ser íntegros em nossos relacionamentos. E o núcleo
desta mensagem passará pela questão de como as pessoas com quem nos
relacionamos nos veem? Quem já sofreu bullying? Quem já foi chamado de algo que
não gostou? Os relacionamentos são o
grande teste para nossa integridade, porque podemos pensar que somos muitas
coisas, mas a forma como aqueles que estão próximos de nós nos veem, talvez
seja a melhor definição de nós.
Por isso todos os
testes sobre personalidades ou de perfil que fazemos, requer que comparemos as
nossas respostas com o que pessoas próximas de nós dizem.
O
texto bíblico que lemos trata de um momento muito difícil da igreja no primeiro
século. Especialmente em Jerusalém, começou-se uma perseguição muito intensa
contra os discípulos de Jesus. Tanto que chegam a matar, por apedrejamento, um
discípulo chamado Estevão. E a bíblia diz em At 8.1 que “levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos,
exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria”, que
eram regiões de Israel.
Mas
a perseguição começou a se intensificar por todo o país e não apenas na cidade
de Jerusalém, e o texto que lemos diz que os discípulos se espalharam até
à Fenícia, Chipre e Antioquia (v.19) e estes irmãos ao chegarem nestas
cidades gregas, fora do território de Israel, começaram a pregar a Palavra aos
judeus que ali viviam, mas alguns começaram a pregar também para os que não
eram judeus e muitos começaram a se converter a Cristo. (vv.20,21).
Aprendo alguns ensinamentos com este
texto e gostaria de compartilha-los:
1. A perseguição não pode ser motivo para ferir nossa
integridade.
Vivemos dias que o mundo possui milhões
de pessoas exiladas, milhões de homens, mulheres e crianças que foram obrigados
a deixarem suas casas e sua pátria por causa de alguma forma de perseguição ou
sofrimento.
Os primeiros discípulos de Jesus
viveram isto, mas enquanto o diabo achava que estava dispersando as pessoas
para desmotiva-las com a perseguição, Deus estava enviando seus missionários
por toda a terra. A perseguição não feriu a integridade daqueles primeiros
discípulos e discípulas, a perseguição os enviou a pessoas que não seriam
alcançadas de outra forma.
As lutas, tribulações e perseguições
podem vir para te provar, te testar, te fazer crescer e amadurecer. Um metal precioso
só pode ser purificado e moldado se passar pelo fogo com altas temperaturas.
Diante da tribulação, não perca a tua integridade, não murmure, não negue a tua
fé, não abandone o Senhor! Mas o que nos faz perseverar é entender que Deus
deseja nos usar mesmo em meio às lutas. Pare de perguntar o porquê, e comece a perguntar o para quê Deus está permitindo certas
coisas acontecerem em sua vida.
2. Nossa integridade inspira as pessoas.
Veja o exemplo de Barnabé que foi
enviado pela igreja de Jerusalém para ver o que acontecia entre os gregos que
estavam recebendo a palavra de Deus. Diz que ele animou todos a continuarem
fiéis ao Senhor, de todo o coração. Porque Barnabé era cheio do Espírito Santo,
as pessoas eram atraídas por sua bondade e fé.
Nenhuma pregação fala tão alto quanto
nosso testemunho. Nós somos o 5º evangelho da Bíblia e provavelmente aquele que
as pessoas mais irão ler.
3. Nossa integridade nos relacionamentos sempre será provada
pela nossa capacidade de perdão e reconciliação.
Não conheço nenhum
relacionamento duradouro que se estabeleceu sem o perdão. Barnabé foi atrás de
Saulo para o reconciliar com a igreja de Cristo. Em At 9, Saulo, depois de
pregar com ousadia o evangelho de Jesus, começou a sofrer perseguições e isto
deixava todos com medo e os apóstolos o mandaram para sua cidade em Tarso para
evitarem maiores problemas. Imagine se Barnabé não tivesse ido atrás de Saulo,
teríamos ficado sem um grande exemplo para nossa vida cristã.
A bíblia diz em 2Co
5.18-19 que Tudo isso provém de Deus, que
nos reconciliou consigo mesmo por
meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou
seja, que Deus em Cristo estava reconciliando
consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a
mensagem da reconciliação.
4. Os discípulos foram apelidados de cristãos.
Você já reparou a profundidade
desta frase? Nada que está na bíblia está escrito por acaso, porque Rm 15.4 diz que “tudo quanto foi escrito para
o nosso ensino foi escrito”.
Vemos então que
cristãos foi um nome que deram aos primeiros discípulos de Jesus que viviam
fora de Israel na cidade de Antioquia. O nome cristão (christianos no grego) não significava uma religião, uma organização
ou uma instituição, mas “aqueles que eram como Cristo”. A integridade daqueles discípulos era tão grande e a semelhança deles
com Jesus tamanha, que as pessoas ao observarem suas vidas, os apelidaram de
cristãos, “imitadores de Cristo”.
Perceba que os
primeiros discípulos de Jesus não se intitularam cristãos. Infelizmente, hoje,
ao invés de deixarmos as pessoas perceberem Cristo em nossas atitudes, temos a
tendência de primeiro nos apresentarmos como cristãos, mas nem sempre nossas
atitudes confirmam nosso apelido. Mas não
podemos nos enganar, depois de um breve tempo as pessoas nos reconhecerão por
nosso testemunho, por nossa vida, e não pelo que dizemos que somos.
Os discípulos foram chamados de cristãos, mas hoje temos
muitos cristãos que não são discípulos. Podemos até ser reconhecidos como bons
cristãos, mas se não formos discípulos de Jesus, seremos apenas bons membros de
uma religião, sem, contudo, o verdadeiro relacionamento com o Mestre.
Que tenhamos
coragem para sermos como nosso mestre Jesus! Que Deus nos abençoe!
De seu amigo e
pastor,
Hugo
G. Freitas
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