Lição 06 - PLANEJANDO E CONTROLANDO SUAS FINANÇAS
O CRISTÃO E O DINHEIRO
Orientações à luz da palavra de Deus
Lição Nº. 06
PLANEJANDO E CONTROLANDO
SUAS FINANÇAS
Objetivos são as coisas que
dão direção em sua vida—como um desejo de ver o Oceano Pacífico que lhe orienta
sobre o que deve fazer para ir nessa direção.
Objetivos são os elementos que sustentam suas ações: eles são o porquê
você faz o que faz.
Você pode ter vários tipos de
objetivos. Uns podem ser de curto prazo, como: onde passear em
suas férias; ou trocar sua televisão; ou repintar sua casa, etc. Há objetivos um pouco mais distantes, de médio
prazo como:; trocar de carro; mudar para um emprego melhor, etc. E,
ainda há os objetivos de longo prazo, como: garantir os
estudos de meu filho quando ele entrar para uma faculdade; fazer uma
previdência privada para complementar a aposentadoria; sair do aluguel e
comprar sua casa.
Como planejar objetivos de longo prazo?
Ao fixar objetivos, lembre-se
que quanto mais longa for a sua perspectiva, melhores serão suas decisões.
Imagine, por exemplo, uma Olimpíada, quando uma atleta, na maioria das vezes,
se prepara durante 4 ou 8 anos, treinando e se condicionando fisicamente, para
uma corrida que duraria, digamos, 50 segundos para completar!
Por este raciocínio, se você
quer que seu filho faça faculdade, que às vezes requer tempo integral de
estudos, você terá que planejar isto com muita antecedência. Não dá pra pensar
nisso só depois que ele passar no vestibular. Você poderá não estar preparado
para essas despesas e criar uma frustação pra si e para o seu filho, que,
provavelmente terá de escolher outra carreira, pois precisará trabalhar durante
o dia e estudar à noite.
Além dos exemplos citados,
você certamente vai querer uma boa aposentadoria, ou sair do aluguel e comprar
sua casa, ou se já a tem, talvez uma maior e mais confortável; ou cuidar dos
seus pais idosos e sem recursos.
Ao escolher seus objetivos e começar a planejar como realiza-los, lembre-se, em primeiro lugar, que seus objetivos precisam ser mensuráveis. Sente-se e faça uma lista dos seus objetivos. Quantifique cada um de modo que possa calcular quando terá condições de realizar esse(s) objetivo(s). Então, crie o hábito e, periodicamente, reveja ou reavalie seus objetivos. Eles não são um fim em si mesmos, ao invés, eles são sinalizações, marcas no seu caminho para a liberdade financeira. Lembra-se do exemplo do Oceano Pacífico? Os objetivos são o seu mapa para chegar ao Oceano Pacífico. Isto é, para tornar realidade o que sonhou.
Qual a importância da liquidez na realização de objetivos?
Os escoteiros têm um lema: “Esteja
preparado”. Quando o inesperado
acontece é bom estar preparado. Quando você gasta menos do que ganha e constrói
uma margem de poupança no seu orçamento, você terá condições financeiras para
qualquer surpresa da vida: uma emergência médica; um conserto caro no seu
carro; ou mesmo a perda do emprego. Nada disso ameaçará sua segurança
financeira. Isto é liquidez.
Da mesma forma, quando você constrói a liquidez, tem a liberdade e flexibilidade para tirar vantagem das oportunidades da vida. Fazer um plano complementar de aposentadoria, investir em aplicações financeiras seguras, construir uma nova casa, são possibilidades quando você tem uma reserva financeira. Mais importante, quando você tem o dinheiro na mão, terá mais poder de negociação, com menos pressão, o que lhe permite decidir com calma e pelo “melhor preço”.
Da mesma forma, quando você constrói a liquidez, tem a liberdade e flexibilidade para tirar vantagem das oportunidades da vida. Fazer um plano complementar de aposentadoria, investir em aplicações financeiras seguras, construir uma nova casa, são possibilidades quando você tem uma reserva financeira. Mais importante, quando você tem o dinheiro na mão, terá mais poder de negociação, com menos pressão, o que lhe permite decidir com calma e pelo “melhor preço”.
Como me ajustar às mudanças que surgem na vida?
Procure ser flexível em ajustar-se a um ganho ou
perda inesperada.
“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em
toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como
a ter fome; tanto a ter abundância, com a padecer necessidade”. (Fp 4:12)
Veja este exemplo: Você descobriu uma excelente oportunidade de trabalho, com perspectiva de boa carreira e o dobro do salário atual. Só que esse emprego é em outro Estado, numa cidade bem distante. Vai aceitar os desafios de uma mudança desse porte?
Outro exemplo: Você perdeu o emprego
inesperadamente. Como se ajustar à nova situação, como ficam os objetivos que
havia traçado, mesmo os de curto prazo?
Quando adquirimos o hábito de planejar, estaremos
melhor preparados seja para uma boa oportunidade, mas com mudança forte de
vida, ou mesmo para uma situação adversa como a perda de emprego. O segredo está na flexibilidade para se ajustar às
realidades que se apresentam. Para isto, quem constrói liquidez no tempo de
“vacas gordas” certamente terá reservas se aparecer um tempo de “vacas
magras”. Quem tem reserva financeira
conseguirá tranquilidade para não tomar decisões precipitadas baseadas na
ansiedade do momento.
Resumindo: Quando você gasta menos do que ganha, cria um fluxo de caixa positivo. Evitando dívidas está livrando seus futuros ganhos, que lhe permite usá-los para algo mais interessante do que pagar dívidas e juros. Estes dois passos juntos geram liquidez, que lhe dão vantagem sobre as oportunidades ou problemas que surgirem no seu caminho.
Qual a diferença entre bens de consumo e bens duráveis?
Resumindo: Quando você gasta menos do que ganha, cria um fluxo de caixa positivo. Evitando dívidas está livrando seus futuros ganhos, que lhe permite usá-los para algo mais interessante do que pagar dívidas e juros. Estes dois passos juntos geram liquidez, que lhe dão vantagem sobre as oportunidades ou problemas que surgirem no seu caminho.
Qual a diferença entre bens de consumo e bens duráveis?
Para aprimorar o planejamento em torno dos seus objetivos, é importante,
numa linguagem não preocupada com teorias econômicas, compreender, para a
orientação de suas finanças o que é um bem de consumo e o que é um bem durável.
Esta distinção é simples, mas muito importante para orientar suas decisões.
Os bens de consumo constituem um conjunto de itens que são prioritários,
insubstituíveis em nossa subsistência. Todo mundo precisa comprar alimentos,
roupas, calçados, remédios, cortar cabelo, ter um lugar para morar, transporte
para o trabalho, etc.
Os bens duráveis são os itens que não se acabam no primeiro uso, móveis e imóveis como exemplos: geladeira, televisor, bicicleta, mesa de cozinha, carro, casa. Também se poderia agregar, de forma simplista, aos bens duráveis, ações de empresas, aplicações financeiras de sua poupança, etc.
Os bens duráveis são os itens que não se acabam no primeiro uso, móveis e imóveis como exemplos: geladeira, televisor, bicicleta, mesa de cozinha, carro, casa. Também se poderia agregar, de forma simplista, aos bens duráveis, ações de empresas, aplicações financeiras de sua poupança, etc.
Quando um gasto é investimento e quando é consumo?
Investimento, em no seu aspecto amplo, são os gastos ou inversões do seu dinheiro em
bens duráveis, imóveis ou móveis,
aplicações financeiras, ações etc.
Consumo são os gastos de dinheiro para a sua subsistência
e de sua família, como: alimentos, transporte, aluguel de moradia, passeios,
restaurantes, roupas, acessórios pessoais, medicamentos, etc. O dinheiro gasto
nesta área como o próprio nome diz, exaure-se, desaparece na medida em que o
bem é consumido. Você vai precisar de novo dinheiro para o consumo seguinte.
Tanto o consumo quanto o investimento são áreas importantes no seu
planejamento orçamentário. Balancear corretamente o destino do seu dinheiro é o
segredo de uma boa gestão financeira.
O problema na gestão do orçamento financeiro é quando você compromete tudo o que ganha em itens de consumo, muitas vezes não essenciais à sua subsistência, não deixando dinheiro para outras necessidades, como a substituição de uma geladeira velha que deixou de funcionar, por exemplo. Na emergência vai ter que se endividar para substituir esse bem durável.
Como justificar que um empréstimo é necessário?
O problema na gestão do orçamento financeiro é quando você compromete tudo o que ganha em itens de consumo, muitas vezes não essenciais à sua subsistência, não deixando dinheiro para outras necessidades, como a substituição de uma geladeira velha que deixou de funcionar, por exemplo. Na emergência vai ter que se endividar para substituir esse bem durável.
Como justificar que um empréstimo é necessário?
No mundo moderno há financiamento para quase tudo nesta vida. Portanto, se vai tomar empréstimo é preciso que haja uma boa justificativa para isso. Já vimos o que é gastar em consumo e o que é um investimento em bem durável. Também vimos que ambos são importantes em nossa vida.
Em princípio, emprestar dinheiro para gastar em consumo deve ser evitado
sempre. Imagine que você vai fazer a
compra do mês no supermercado (consumo) e joga no cartão de crédito para pagar
em 5 meses. Ora, no mês seguinte você terá de comprar as mesmas coisas. Aí terá
a mensalidade do cartão do mês anterior, que inclui juros altos, mais a compra
do mês. Dá pra imaginar que a bola de neve vai crescer e você estará começando
a se enrolar financeiramente.
A única justificativa para comprar no cartão, “a crédito”, será para
pagar integralmente quando chegar a fatura, e quando isto lhe trará benefício
de promoção do tipo ganhar pontos que serão utilizados como desconto ou
gratuidade em outro produto no futuro.
Quando a compra é de um bem durável (um fogão, um televisor ou uma casa
própria) é preciso avaliar se essa compra se justifica apesar dos juros que
você terá de pagar. Especialmente se esse bem durável for de valor pequeno que
daria para aguardar alguns meses e tentar comprar à vista, evitando-se despesas
com juros e ainda conseguindo desconto.
Se o bem for uma casa própria será mais compreensível o pagamento de
juros, quando subsidiados por programas governamentais e, em especial, quando
se estará saindo de aluguel de sua moradia.
A compra de um bem durável, apesar dos juros, embute uma parcela de
investimento de longo prazo.
O que vem primeiro: carro ou casa própria?
Quando se está planejando a vida financeira de longo prazo, como
priorizar investimentos em bens duráveis?
Estes dois bens duráveis são aqui destacados por sua importância
estratégica na vida de qualquer pessoa ou de um casal.
Evidentemente se eu for “louco” por barcos, mas não tenho nem carro nem
casa, fica claro no planejamento que eu preciso pensar menos no barco, que é um
item de lazer.
Mas, quando colocamos carro x casa própria a prioridade vai depender de sua situação de trabalho profissional ou das necessidades prioritárias da família.
Mas, quando colocamos carro x casa própria a prioridade vai depender de sua situação de trabalho profissional ou das necessidades prioritárias da família.
Num primeiro exame, a casa própria, ainda que com financiamento (dívida) de longo prazo, é mais interessante do que comprar um carro, pois a compra da casa vai substituir o aluguel (consumo) por um investimento em bem durável de longo prazo. O seu problema de transporte deverá ser resolvido por transporte público ou mesmo por uma bicicleta se for o caso.
Mas, há profissões em que o carro é um instrumento do exercício
profissional, como um taxista, ou um representante comercial, entre outros.
Somente nestes casos se justificaria a inversão das prioridades em ter casa
própria ou um carro.
Esta orientação geral pode não ser tão simples assim. Por isso a família precisa analisar bem suas prioridades antes de decidir por um ou outro.
Esta orientação geral pode não ser tão simples assim. Por isso a família precisa analisar bem suas prioridades antes de decidir por um ou outro.
Qual a melhor estratégia para sair do aluguel?
Todo mundo precisa de um lugar para morar. Se não tem casa própria, terá
que pagar um aluguel, o que passa a ser um consumo, pois esse dinheiro
não volta e todo mês a história se repete.
Entrar num plano de ter sua própria casa, ainda que modesta,
especialmente no início da carreira profissional, mesmo fazendo uma dívida de
longo prazo é, na verdade, um investimento. Qual a vantagem? Com a prestação da
casa própria (quase sempre muito próxima ao valor de um aluguel) você estará
substituindo um gasto em consumo, o aluguel, por um investimento mensal de
longo prazo, mesmo considerando que está pagando juros.
É aconselhável, de início, financiar casa modesta cujo valor não seja tão alto. Neste caso os juros tomarão um prazo menos longo e as prestações serão menores. Mesmo que o padrão da casa financiada seja menor que a do aluguel, é preferível a casa modesta e, quando seus ganhos melhorarem, alguns anos à frente, partir para uma casa melhor ou maior, dando a primeira como entrada. Assim fazendo a soma geral dos juros será menor e seu patrimônio terá um ganho.
É aconselhável, de início, financiar casa modesta cujo valor não seja tão alto. Neste caso os juros tomarão um prazo menos longo e as prestações serão menores. Mesmo que o padrão da casa financiada seja menor que a do aluguel, é preferível a casa modesta e, quando seus ganhos melhorarem, alguns anos à frente, partir para uma casa melhor ou maior, dando a primeira como entrada. Assim fazendo a soma geral dos juros será menor e seu patrimônio terá um ganho.
Davi F. Barros
davifbarros@hotmail.com
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